“50 ANOS DE EXPERIENCIANDO EDUCAÇÃO E TECNOLOGIAS: ATÉ ONDE AVANÇAMOS?” esta questão é por demais pertinente. Em 14 de julho de 1971, é criada, durante a plenária do III Seminário de Rádio Televisão Educativa, a Associação Brasileira de Teleducação – ABT. Seu objetivo não mudou “impulsionar, no país, os esforços comuns e a aproximação mútua para o desenvolvimento qualitativo e quantitativo da Tecnologia Educacional, em favor da promoção humana e da coletividade”, no entanto o desenvolvimento tecnológico proporcionou mudanças consistentes neste período, novas tecnologias informacionais, novos dispositivos, sistemas de redes sociais e informacionais, digitalização de dados, entre outros tantos. O próprio campo de reflexão mudou, não estamos mais discutindo teleducação e o impacto destas novas tecnologias na educação em geral criou temas de estudos, emergiram problemas e reflexões que atingiram os espaços de aprender e de ensinar, agora ampliados pelo digital e pela cibercultura.
Em relação à legislação sobre educação, também passamos por grandes mudanças. Após a Constituição, uma nova Lei de Diretrizes e Bases foi sancionada e, por consequência, um movimento de repensar e reformar a educação básica, incluindo neste as políticas e propostas de inserção das tecnologias de informação e comunicação no espaço escolar. Foram grandes projetos, desde o Telecurso, Telecurso 2000, Vídeo Escola, TV Escola, Proinfo, Um Computador por Aluno, entre outros. Além destes, as novas dinâmicas do espaço digital e da cibercultura, um cotidiano mediado por tecnologias, linguagens. Redes de comunicação social, YouTube, Instagram, Twiter, LinkedIn.
Esta sociedade da comunicação (Serres,1998), do digital em rede (Castells, 1999), do capitalismo semiótico (Berardi Bifo, 2007), onde os meios (ubíquos, (hiper) transmidiáticos, interativos e convergentes) tornam-se cada vez mais a extensão do homem (McLuhan,1969), abre espaço para um olhar hipercomplexo (Morin, 2002) sobre os sujeitos, suas relações e formas de aprender. Como chegamos aqui? Qual ou quais roteiros foram criados, mapeados e reproduzidos? Como a comunidade cientifica atuou e vivenciou estes contextos e transformações?
A ABT com seus eventos – Seminário Brasileiro e o Congresso Internacional e, a Revista Brasileira de Tecnologia Educacional, demarcou este território acadêmico, contribuindo para divulgar estudos, resultados de pesquisas, reflexões e teorias que procuraram compreender a relação Educação e Tecnologias de Informação e Comunicação desde os tempos das mídias de massa e sua linguagem analógica até as mídias digitais. Adquirimos maturidade para neste momento, aos 50 anos de História, questionar sobre ATÉ ONDE AVANÇAMOS? QUE OUTRAS EXPERIEMENTAÇÕES NÓS PODEREMOS CONSTRUIR/VIVENCIAR NA RELAÇÃO EDUCAÇÃO E AS TIC?
CONVIDAMOS VOCÊ PARA COMEMORAR ESTA DATA E PENSAR CONOSCO ESSAS QUESTÕES!!!
Ronaldo Nunes Linhares, PhD